Análise do texto da escritora e filósofa, MARILENA CHAUÍ. Para que Filosofia?
Análise do texto da escritora e
filósofa, MARILENA CHAUÍ.
Para que Filosofia?
Através do texto, vislumbra-se
que as pessoas são previsíveis e agem normalmente repetindo o comportamento de
outras, o que forma um ciclo, onde a resposta que se espera acaba sendo
sempre a óbvia, comum e cansativamente esperada.
Quando quebra-se o ciclo, ao
questionar ou criar outras respostas, muitas vezes não há compreensão, invariavelmente, se é taxado de louco por uma sociedade que tende aceitar somente o sim ou não como
resposta. Uma sociedade que tem valores como verdades e mentiras, mas, como
questionar se não há donos dessas verdades e sim achismos recorrentes?
Por querer ir mais a fundo nas
questões de vida, quem se arrisca é visto como fora da realidade. Ao questionar
quem somos, de onde viemos e para onde vamos, logo, rotula-se como pessoa
esquisita ou “filósofo”.
Existe um grande preconceito
quanto ao filósofo, que questiona para que se pare para pensar, analisar,
exercitar o cérebro, de encontro a novas verdades que talvez não se pretenda
inconscientemente que se revelem.
O texto nos remete a questionar a
filosofia como uma ciência ou religião. No entanto, ela se funde nas duas,
pois, algumas respostas a ciência explica e outras a religião socorre, com
lógica razoável.
Entretanto, o que a filosofia nos
agrega, é poder formular perguntas, antes nem mesmo cogitadas, porque tudo que
quebra o ciclo é visto com maus olhos ou se utiliza o sobrenatural para
explicação.
Será que já nos fizemos a
pergunta de qual é nossa filosofia? Como se pretende ver o mundo e viver nele
de forma ordenada, porém, não robotizada?
Nem sempre está-se pronto a
realizar o que se almeja, com medo de que o comportamento não seja aceito, que
nos isolem na esquisitice de viver só, em um mundo tão cheio de pessoas.
Então, como definir a filosofia:
uma eterna comparação entre o bem e o mal, verdade e mentira, certo ou errado?
Prefiro definir a filosofia como
uma ferramenta a mais nesta grande obra que é o ser humano, usá-la em benefício
próprio e de outros, exercitando ora nosso lado curioso pelos mistérios do ser
e ora aceitando-se pacificamente as respostas não satisfatórias, porém, eficaz
no momento certo. Porque ter a resposta para tudo na vida, nos tornam filósofos
incompreendidos e não se quer incomodar para sempre.
Eliana Afonso
(Análise do texto foi matéria do
2º Ano de Direito (2005)
Comentários
Postar um comentário